quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

SORRISO DE ANTES



Sorriso de antes, amor contemporâneo.
Dos tempos medievais
E teu sorriso se mantem espontâneo
Algo instantâneo, pois então duradouro.
Prazer momentâneo que guardo como tesouro
Lembro-me da França, de tuas tranças douradas.
A rima é franca, relembro dos tempos dourados.
Batucada que grita, do que é lenda ou mito.
Ainda ouço o grito dos nossos antepassados.
Futilidade: Não minto. algo que nem carrego comigo
Des dos tempos antigos,
Lapido meus versos pra que eles sejam precisos
Enfrentei tropas e tropas
Na corte do rei galopei
Dancei entre as rodas
Dança de rodas,
Passo pra frente e mãos dadas
Colidi coliseu
Enfrentei gladiei
Sempre com a fé de Mandala.
Aprendi com Mandela.
Ganga-zumba libertou-me da senzala.
Acendi uma vela depois cantei com Dandara.
Nos tempos de hoje expandindo o leque
Sincronizando o que sinto
Com pensamento em Kardec.

                                                            Autor: Guilherme Arantes Junqueira.

REALIDADE NÂO CURA



Um vazio só meu
Uma guerra tão minha
Um olhar só meu
Uma visão tão minha.
Sentimento meu
Coração rezinga
Audácia resenha
Murmurosa,
Cantiga que grita.
Melancolia vibra
Mesmo assim a mantenho.
Alguns morreram em guerra
Enquanto minha guerra
Eternamente vive.
Brilho imenso
De escuridão em declive
Moinho intenso
Onde o medo não vence.
Além aquém
Há alguém pertence
Aquém de quem
A que tece, e, adoece.
Que prece congele
Perdição que queima
Prece aquece
Corte edema
Ferida que queima.
Alguém sofreu,
Sofrimento meu
Olhar além
Esse olhar sou eu.
Fervura em desdém
Não compreenda este verso!
Oração amém,
Disfunção transgressora.
Sagrado a quem:
Promissão impostora.
Julgaste tão forte:
Quero ver se me solta.
Sente a dor da revolta
De joelho implore
Subjeção em folclore
Obsessão vertical.
Objeção odora
Questionamento material.
A arte que crio,
É imune, sobrenatural.
Será que supri vazio
Questionar o existencial
Tem rejeição, e vibração descomunal.
Liberdade e prisão
Pode se tornar imortal.
Antigos mortais
Que ainda vagaste por ai
Movidos a testes
Sem saber distinguir.
Não consigo ser fútil
Por isso muito sofri.
Realidade não cura,
Mas no verso
Consigo destruir.
                                                       Autor: Guilherme Arantes Junqueira